sábado, 10 de outubro de 2009

AS CAMPANHAS DO NOSSO DESASSOSSEGO

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Com o país de cabeça tonta de tantas caravanas, voltas e revoltas e ruídos de campanha sem nexo, onde meia dúzia de chicos espertos nos tentam enganar com palavras e promessas, eis que terminou a campanha das autárquicas.
Nesta maré de eleições que fazem de nós um país a viver em plena democracia - pelo menos temos eleições - saímos mais cansados, mais fartos ainda da enorme palhaçada que anima o circo da nossa sociedade.
Só é pena que o povo não leia nas entrelinhas e ainda acredite piamente nas conversas e promessas de quem tenta resolver a sua vida.
A classe política sai cada vez mais pobre, mais sem valores, mais desacreditada. Por outro lado, nós ficamos cada vez mais desiludidos com o rumo que vemos o país tomar.

Atenção: não são todas as pessoas, todos os políticos, todas as campanhas, que caiem neste exagero e nesta falta de dignidade. Ainda há gente séria em Portugal. Gente que luta por mudar o rumo à situação com valores, com honestidade, com mérito.
Pena é que sejam tão poucos!

Basta essa meia dúzia de grupos dignos para que valha a pena rumar contra a maré.
A política tem de ser levada a sério, banida de vigaristas e mentirosos, sedentos por usufruir do poder em prol do sustento próprio, apropriando-se indevidamente do alheio, defendendo abusimente os seus interesses particulares.

Há quem diga que temos o que merecemos. Eu digo que temos aquilo que queremos, porque aceitamos todo o lixo que nos atiram embrulhado em papel de festa. E não somos capazes de reagir!

É assim que se perpetua o nosso desassossego. Chutando para trás o que nos incomoda, fingindo que não vemos o que não gostamos de presenciar. Como se fossemos estrangeiros, como se não pertencessemos ao grupo dos "humilhados e ofendidos".

Se é assim ser português...
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