sexta-feira, 30 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

A ROSA QUE TE DEI... E NADA MAIS!

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O POVO SAIU À RUA NUM DIA ASSIM...

Lembro-me perfeitamente do dia 25 de Abril, o único, o de 74!
Logo de manhã uma colega chegou à escola e disse esbaforida:
  - Andam aviões no céu, em Lisboa!
Foi uma risota, começada pelo professor. Aquela miúda tinha uma pancada.
  - Oh rapariga! Vê lá se começas a ter mais juízo. Hoje começas logo de manhã...

Ninguém sabia de nada. Todos estavamos a trabalhar, eram 9 horas da manhã e o nosso fuso horário ainda estava no dia 24. A verdade é que ninguém disse nada e continuámos todos a respirar os ares conspurcados do fascismo até ao meio dia. Incredulamente até ao meio dia.
Não consegui ainda perdoar aos Capitães de Abril que nem um simples sinal de fumo foram capazes de fazer para a parvónia.
A partir da hora de almoço veio o melhor da festa: filmes engraçadíssimos, séries que nos colavam ao écran, desenhos animados que nos enchiam a alma! De vez em quando uma notícia, dita sem fôlego, a tropeçar nas palavras projectadas a correr, animos ao rubro... não era só o cravo a ser vermelho!
Foi como o tempo do Carnaval: durou 3 dias! Grande Festa!
... e voltámos de novo rumo á escola!

Depois foram as canções de protesto, depois foram os slogans que graças a Deus ficaram gastos a um canto, depois foram os berros exaltados dos políticos novos, depois foram as discussões a toda a hora na televisão e na rádio, depois a revolução transformou-se no ópio do povo, depois o povo pensava que sobrevivia sem trabalhar, depois o povo pensava que era o maior e que mandava no mundo, depois o povo caiu em si e está com a Grécia a fazer contas de cabeça porque não tem dinheiro para comprar as pilhas da calculadora!

ACABOU A GUERRA COLONIAL E PODEMOS FALAR!

Mas falamos mal, não acertamos naquilo que devemos dizer. Não evoluimos: CONSENTIMOS!
E foi assim desde o 25 de Abril. Enfeitamos ainda a nossa mente no dia da comemoração com cravos vermelhos, tal como nas aldeias enfeitamos as janelas com colchas,  na passagem da procissão do Santo Padroeiro
Também para nós o santinho é de barro!

O POVO SAIU À RUA NUM DIA ASSIM...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

HANS CHRISTIAN ANDERSEN - ANIVERSÁRIO

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Hans Christian Andersen nasceu em Odense no dia 2 de Abril de 1805. - Copenhaga, 1875)
Christian Andersen é um conhecido escritor dinamarquês, de origem humilde, filho de um sapateiro.
Em 1819 instala-se em Copenhaga, onde, graças à ajuda de generosos protectores, estuda canto e dança. Mas na realidade a sua formação é autodidacta, nutrida por abundantes leituras. A partir de 1833 começa a publicar obras dramáticas, diários, apontamentos de viagens e alguns romances.

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Mas a obra que o torna célebre em todo o mundo é Contos, traduzidos para uma infinidade de idiomas. Publica os primeiros em 1835-37, e continua a escrever e a publicar até chegar, em 1872, a um total de 156 contos.
Os contos mais antigos estão enraizados na tradição popular: Companheiro de Viagem, Os Cisnes Selvagens. Posteriormente, Andersen dedica-se ao conto literário no mundo das fadas (O Duende, A Colina dos Elfos), numa concepção idílica da natureza (O Rouxinol, O Sapo, O Abeto, As Flores da Pequena Ida) e, inclusive, nas relações misteriosas entre os objectos mais prosaicos (A Agulha de Remendar, A Gota de Água, A Velha Lanterna, Os Trapos). Alguns dos seus contos mais famosos deixam entrever elementos autobiográficos: O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia.

O impacto de Andersen, que morreu a 4 de Agosto de 1865, na literatura infantil foi tal que 2 de Abril foi consagrado Dia Internacional do Livro Infantil.

A International Board on Books for Young People atribui a Medalha Hans Christian Andersen aos maiores nomes da literatura infanto-juvenil.