O JARDIM SUSPENSO DA FANTASIA

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Quando me preparo para escrever, começo a sentir um sono que mal me deixa abrir os olhos.
Já sinto falta de férias. Ando cansada de tantos horários a cumprir, que mal me deixam aproximar da minha janela.
Ma sou muito curiosa. Não consigo deixar de espreitar. Vejo coisas tão bonitas!
Ontem, por acaso, era de noite e olhei para o céu: vi o trenó do Pai Natal, puxado por uma série de renas comandadas pela Rudolfo, cheio de presentes bem embrulhados. Laçotes enormes balouçavam na noite, ouvia-se o fru-fru dos papeis de embrulho, caiu um sininho de chocolate e eu consegui pegá-lo. Com muito esforço, mas consegui. E fiz o sacrifício de o comer, hum, hum, hum...
Já escrevi a carta a pedir prendinhas. Caprichei a letra e tive em atenção os gastos! Coitadito do Pai Natal que tem tantos presentes para oferecer!
Estive a pensar e cheguei à conclusão de que posso fazer-lhe uma sugestão: ofereço-lhe o jardim para onde dá a minha janela e ele descarrega lá o trenó inteirinho, sem mais problemas! Depois, fica lá tudo acomodado à espera que procurem os presentes e os levem.
Afinal, quem não conhece o jardim da minha janela?
Não conheces? Que vergonha! Chama-se o Jardim Suspenso da Fantasia e podes lá ir brincar sempre que te apetecer. Só te peço para teres cuidado com a relva, que com este tempo está escorregadia.
E é tudo por hoje. Vou fechar a minha janela que o vento frio da noite ainda me faz adoecer.
Bons sonhos