quinta-feira, 24 de junho de 2010

EM PLENA FESTA DOS SANTOS POPULARES

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O nosso povo fica contente quando ri, salta, dança, come umas sardinhas ainda sem sabor do início da época, engole febras e barriguinhas grelhadas e afoga as mágoas numas litradas de vinho tinto marca da casa.
Falamos, evidentemente, num povo folião que adora as noites mais ou menos quentes de junho. É este povo amargurado e  perseguido por uma crise sem medida nem conserto, que se transfigura mal se acendem as primeiras fogueiras dos Santos Populares.
Solta a alma cantando e rindo, gemendo e chorando, que são os maiores paradoxos da personalidade do povo lusitano.
Salvam-se os foguetes porque estouram bem longe, deixando no ar o ínebriante cheiro a pólvora queimada, sinal de que mesmo no meio do infortúnio o que importa é festejar!
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