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Olá, Zi.
Aqui da Trincheira, onde vivo, vi que uma Mulher-que-todos-os-dias-conversa-com-livros, me fixava. Surpreendida e fascinada por me ver a viver na Trincheira, saltou da janela. Correu na minha direcção. E pôs-se a caminhar comigo. Em Silêncio. Eu ouvia o Silêncio. E percebi, ainda melhor, que o Silêncio é a Palavra. A Palavra mais fecunda. A Palavra-Vento-Sopro. Dei-me conta, igualmente, de que são ainda muito poucas as pessoas que escutam a Palavra-Silêncio. E menos ainda as que A comem. E A praticam. Mas é esta Palavra-Silêncio que escuto-como-pratico, todos os dias. É Ela que me faz ser-falar-escrever-viver. Como um menino. Na Trincheira. Desarmado. À Intempérie. Fiquei feliz, porque a Mulher-que-todos-os-dias-conversa-com-livros nunca mais regressou à Janela. E hoje vive também como uma menina. Na Trincheira. Desarmada. À Intempérie. Tudo o que ela perdeu, e muito foi, em amigas /amigos e em privilégios, ganhou em Liberdade. E não é que já há por aí quem diga que até o rir dela é subversivo?
Um beijo, Mário
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